
domingo, 31 de outubro de 2010
Concerto em S.Pelayo

sexta-feira, 29 de outubro de 2010
A última assembleia geral
Há um acontecimento determinante na vida do coro sobre o qual não devo escrever, pois saí antes. Trata-se da assembleia geral que deliberou a sua extinção e na qual participei apenas na minha condição de associado. Ainda assim, e para este blogue ficar o mais completo possível, a nota que segue foi escrita pela pessoa que, a essa data, tinha as funções de Presidente da Direcção Executiva, a quem agradeço mais esta colaboração.
«Desde o dia 1 de Outubro de 2009, data em que o maestro comunicou ao coro a sua decisão de se demitir, estabeleceu-se uma situação de indefinição quanto ao futuro do CSMB. Foi portanto convocada uma Assembleia Geral, que teve lugar a 29 de Outubro. Nessa ocasião os elementos da Direcção Executiva apresentaram a sua demissão solidária com a da Direcção Artística. A própria Mesa da Assembleia também se viria a demitir em ponto prévio à agenda da reunião...
Sentia-se, de uma forma quase palpável, a perplexidade e tristeza provocadas pelos últimos acontecimentos. E, neste clima
iniciou-se a reunião na qual deveriam ser encontradas, segundo a agenda, "alternativas para ultrapassar o impasse" em que se encontrava a Associação...
O projecto do Coro de Santa Maria de Belém, iniciado em 1990 (ainda não como associação) fora sempre imbuído de um espírito muito especial, tinha metas bem determinadas e caminhara para elas lentamente mas de forma sustentada e segura. Agora, inesperadamente, tudo se tinha alterado e a ninguém parecia possível continuar sem a orientação quanto às opções
musicais e forma de estar que, há quase vinte anos, eram a própria essência do coro. A proposta de extinção da associação surgiu naturalmente.
Alguém chegou a pôr a hipótese de o coro continuar a sua actividade sob a direcção de outro maestro, adaptando-se às novas condições no espaço da igreja. No entanto, uma vez que o director artístico, não tomara a decisão de se demitir do seu cargo por teimosia ou "birra", mas sim por entender que as condições impostas iriam prejudicar o bom desempenho do coro na igreja,
esta ideia pareceu absurda: seria razoável escolher continuar com outro maestro que aceitava pôr o coro em condições desfavoráveis? Além do mais, não houve entre os associados quem, individualmente ou em grupo, se achasse capaz de levar por diante toda a organização, gestão e promoção de um projecto que, do inicial, já só teria o nome e a aparência (e mesmo essa certamente não tardaria a ser alterada...).
Após todas estas reflexões e considerações foi aprovada por maioria, a extinção da associação e a doação do seu património à Congregação das Irmãzinhas dos Pobres. Uma obra vale não só pela qualidade do trabalho realizado e pela satisfação pessoal dos que nela estão envolvidos mas, sobretudo, pelos caminhos e horizontes que abre aos que seguem na mesma direcção...»
Maria Emilia Alves da Silva
«Desde o dia 1 de Outubro de 2009, data em que o maestro comunicou ao coro a sua decisão de se demitir, estabeleceu-se uma situação de indefinição quanto ao futuro do CSMB. Foi portanto convocada uma Assembleia Geral, que teve lugar a 29 de Outubro. Nessa ocasião os elementos da Direcção Executiva apresentaram a sua demissão solidária com a da Direcção Artística. A própria Mesa da Assembleia também se viria a demitir em ponto prévio à agenda da reunião...
Sentia-se, de uma forma quase palpável, a perplexidade e tristeza provocadas pelos últimos acontecimentos. E, neste clima
iniciou-se a reunião na qual deveriam ser encontradas, segundo a agenda, "alternativas para ultrapassar o impasse" em que se encontrava a Associação...
O projecto do Coro de Santa Maria de Belém, iniciado em 1990 (ainda não como associação) fora sempre imbuído de um espírito muito especial, tinha metas bem determinadas e caminhara para elas lentamente mas de forma sustentada e segura. Agora, inesperadamente, tudo se tinha alterado e a ninguém parecia possível continuar sem a orientação quanto às opções
musicais e forma de estar que, há quase vinte anos, eram a própria essência do coro. A proposta de extinção da associação surgiu naturalmente.
Alguém chegou a pôr a hipótese de o coro continuar a sua actividade sob a direcção de outro maestro, adaptando-se às novas condições no espaço da igreja. No entanto, uma vez que o director artístico, não tomara a decisão de se demitir do seu cargo por teimosia ou "birra", mas sim por entender que as condições impostas iriam prejudicar o bom desempenho do coro na igreja,
esta ideia pareceu absurda: seria razoável escolher continuar com outro maestro que aceitava pôr o coro em condições desfavoráveis? Além do mais, não houve entre os associados quem, individualmente ou em grupo, se achasse capaz de levar por diante toda a organização, gestão e promoção de um projecto que, do inicial, já só teria o nome e a aparência (e mesmo essa certamente não tardaria a ser alterada...).
Após todas estas reflexões e considerações foi aprovada por maioria, a extinção da associação e a doação do seu património à Congregação das Irmãzinhas dos Pobres. Uma obra vale não só pela qualidade do trabalho realizado e pela satisfação pessoal dos que nela estão envolvidos mas, sobretudo, pelos caminhos e horizontes que abre aos que seguem na mesma direcção...»
Maria Emilia Alves da Silva
Convento de São Domingos
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Jubileu Nacional dos Músicos
O coro participou poucas vezes em encontros de coros, como o que reuniu no dia 14 de Outubro de 1995 um conjunto de grupos para a missa na Igreja do sagrado Coração de Jesus comemorativa Lançamento do movimento Ajuda à Igreja que sofre em Portugal. Talvez o mais marcante desses encontros tenha sido por ocasião do Jubileu Nacional dos Músicos, também a 14 de Outubro mas do ano 2000, pela quantidade de grupos vocais e também de bandas que nesse dia se reuniram no Santuário de Fátima, para uma missa e um concerto. O coro de Santa Maria de Belém teve o privilégio de cantar no coro piloto e eu a oportunidade de dirigir aquela grande massa coral-instrumental durante uma parte do concerto.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010
50º aniversário AIS
No dia 11 de Outubro de 1997, o coro participou juntamente com outros coros na Missa comemorativa do 50º Aniversário do movimento 'Ajuda à Igreja que sofre' que teve lugar na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Concerto em Santarém
D. António foi o 1º bispo de Santarém quando a diocese, bem como a de Setúbal, se criou a partir de territórios anteriormente pertencentes ao Patriarcado de Lisboa.
Conheci-o nos encontros nacionais de pastoral litúrgica de Fátima, quando presidia à Comissão Episcopal de Liturgia e depois mais em proximidade durante os cursos de música litúrgica, que acompanhava sempre com muito interesse. Foi, aliás, num dos anos desses cursos que soubemos da sua morte e fomos, alunos e professores, ao seu funeral a Santarém.
Por isso tive o maior gosto em participar com o coro neste dia especial, dia da Festa de S. Francisco de Assis, em memória de um homem simples e humilde, mas para quem a liturgia merecia o melhor dos nossos recursos e das nossas energias.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
O ensaio que já não o foi
Qualquer coro deve sobreviver à saída de um maestro, mesmo do seu maestro fundador. Uma boa obra vale por si e não pelos seus protagonistas e deve, à partida, manter-se enquanto fizer sentido. Foi esta genericamente a mensagem que procurei passar aos coralistas na noite do dia 1 de Outubro de 2009, quando lhes comuniquei a minha decisão de deixar o coro.
Era dia de ensaio, e por isso aconteceu que a maior parte dos coralistas se dirigiu ao salão do secretariado paroquial, para o ensaio. Uns chegaram mais cedo, outros atrasados e alguns faltaram, por motivos vários, como quase sempre acontecia nos ensaios semanais, em particular nas semanas em que havia mais eventos, e na véspera o coro tinha cantado na inauguração do novo órgão.
Mas, desta vez, não havia partituras disponíveis nem se começou por vocalizar. O ritual não se cumpria porque este fora o momento definido (por mim e pelas pessoas mais próximas da direcção) para contar ao coro o que se passava.
Foi o meu último momento formal com o coro. Procurei geri-lo com auto-controlo, relatando os factos que estavam na base da minha decisão de me demitir, sem recorrer a bodes expiatórios ou teorias conspiratórias. Depois fiquei à disposição das pessoas para as questões que entenderam colocar-me e para me assegurar que, apesar de tudo, queria que os laços de amizade que criáramos se mantivessem, independentemente da minha saída.
Foi difícil dizer que saía e não foi menos difícil apresentar a minha decisão como um facto consumado. É certo que a direcção estava a par dos acontecimentos desde a primeira hora e ela representava legitimamente todo o coro, mas percebi individualmente a impotência das pessoas em me demover.
Os motivos estavam fora do coro e era por entender que feriam o coro na sua identidade que eu, pessoalmente, senti que deixava de ter condições para ficar naquele contexto.
A completar esta peculiar vivência do Dia Mundial da Música, apresentei as minhas cartas de demissão ao coro, na qualidade de director artístico, e à paróquia, enquanto responsável do Serviço de Música Sacra.
Era dia de ensaio, e por isso aconteceu que a maior parte dos coralistas se dirigiu ao salão do secretariado paroquial, para o ensaio. Uns chegaram mais cedo, outros atrasados e alguns faltaram, por motivos vários, como quase sempre acontecia nos ensaios semanais, em particular nas semanas em que havia mais eventos, e na véspera o coro tinha cantado na inauguração do novo órgão.
Mas, desta vez, não havia partituras disponíveis nem se começou por vocalizar. O ritual não se cumpria porque este fora o momento definido (por mim e pelas pessoas mais próximas da direcção) para contar ao coro o que se passava.
Foi o meu último momento formal com o coro. Procurei geri-lo com auto-controlo, relatando os factos que estavam na base da minha decisão de me demitir, sem recorrer a bodes expiatórios ou teorias conspiratórias. Depois fiquei à disposição das pessoas para as questões que entenderam colocar-me e para me assegurar que, apesar de tudo, queria que os laços de amizade que criáramos se mantivessem, independentemente da minha saída.
Foi difícil dizer que saía e não foi menos difícil apresentar a minha decisão como um facto consumado. É certo que a direcção estava a par dos acontecimentos desde a primeira hora e ela representava legitimamente todo o coro, mas percebi individualmente a impotência das pessoas em me demover.
Os motivos estavam fora do coro e era por entender que feriam o coro na sua identidade que eu, pessoalmente, senti que deixava de ter condições para ficar naquele contexto.
A completar esta peculiar vivência do Dia Mundial da Música, apresentei as minhas cartas de demissão ao coro, na qualidade de director artístico, e à paróquia, enquanto responsável do Serviço de Música Sacra.
Conduzi-me Senhor

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