sábado, 25 de dezembro de 2010

Puer natus est nobis

Se a missa da noite era muito concorrida, também o era a do dia, embora um pouco menos, e nessa a assembleia assemelhava-se mais com a dos domingos. Sei de um casal que vivia no Dubay e que, ano sim ano não, marcavam presença interessada na Missa do Galo, mas depois já não tomavam parte na missa do dia.
Em termos de ‘figurino’, costumava dizer que a Missa da Noite era ao estilo austríaco e a do dia ao estilo romano. Com efeito, no lugar da missa clássica cantada na noite, a missa do dia veio a configurar-se basicamente em torno de antífonas gregorianas para a entrada e comunhão e de uma missa gregoriana alternada com polifonia nas partes do ordinário, e o Adeste Fideles na pós-comunhão.
O cansaço no coro era uma variável a não menosprezar e este programa permitia-nos apresentar uma proposta de qualidade sem o esforço da véspera. Ao fim ao cabo, foi o modelo para o qual convergiu a própria missa dos domingos do ano.
Para facilitar a participação da assembleia, o ordinário gregoriano escolhido era a conhecida Missa de Angelis, com as partes do coro harmonizadas por W. Menschik, D. Bartolucci e H.Schroeder. Mas o tom do dia era dado pelo maravilhoso intróito gregoriano, que conquistava o espaço da igreja como um bálsamo: Puer Natus est nobis.

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