sábado, 8 de maio de 2010

Fátima, em Lisboa


Nos seus primeiros anos de emissão, a TVI transmitia geralmente a missa de domingo a partir da Igreja de Fátima, nas Avenidas Novas, aproveitando o facto de ter os seus estúdios ali mesmo ao lado, nas instalações do antigo cinema Berna. O coro participou em duas dessas missas, uma em Junho de 1993 e a segunda a 8 de Maio de 1994. Segunda e última, porque aconteceu uma coisa incompreensível nessa missa. Estava tudo combinado, os cânticos enviados com antecedência, sabia-se quem ia tocar, os detalhes estavam acertados e, na hora da missa, estranhamente, o organista não apareceu. Ainda houve alguma esperança até ao momento em que percebemos que estávamos ‘no ar’ e tivemos de iniciar o cântico de entrada sem órgão. «O senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia», de Manuel Faria, assim a seco e sem mais.
Se tivessemos sabido com antecedência que a missa era sem órgão, teriamos escolhido reportório adequado, reforçando as peças polifónicas e talvez escolhendo algum canto gregoriano, apesar de não ser garantido que tal seria aceite, pelos critérios já então tão populares dessas missas. Agora, pelo contrário, a escolha de cânticos teve em conta uma missa com coro, assembleia e órgão, onde o acompanhamento deste era importante. Ainda por cima era o VI Domingo de Páscoa. Nem uma introdução, um interlúdio… num contexto, como o da rádio ou o da televisão, em que qualquer silêncio tem um peso enorme. Fosse por indisposição, doença súbita ou acidente, o organista não apareceu sequer durante a celebração nem o coro recebeu depois qualquer explicação ou pedido de desculpas. E foi por estas e por outras que lá não voltou. Depois disso, missas na televisão, nem vê-las.
Também a 8 de Maio mas de 2004, iniciava-se o 3º fim de semana dos I Cursos Livres de Música Sacra, em quatro áreas – órgão, canto gregoriano, direcção coral e canto para salmistas/solistas – respectivamente com os professores António Esteireiro, Mª Helena Pires de Matos, Eugénio Amorim e José Paulo Antunes.

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