quinta-feira, 20 de maio de 2010

Franz Stoiber


No âmbito dos Estudos de Música, o coro convidou o organista Franz Stoiber para dinamizar uma Master Class de Órgão em Maio de 2005, a qual foi antecedida de um recital na Sé de Lisboa, dia 20.
Conheci o Professor Stoiber quando fiz a 1ª Edição do Curso Nacional de Música Litúrgica em Fátima, promovido pelo Serviço Nacional de Música Sacra. Nessa edição fiz Direcção Coral mas voltei à 2ª edição, desta vez para fazer Órgão, e tive o privilégio de trabalhar directamente com ele.
As suas improvisações eram fantásticas e absolutamente fundamentadas num domínio ‘invejável’ da Harmonia. Nas suas aulas as melodias do Novo Cantemos Todos exploravam novas ambiências e um interesse muito maior do que suscitam quando acompanhadas por comuns mortais.
Por vezes ainda consigo recordar alguns desses momentos através de uns CD’s publicados em anexo à Tese de Doutoramento do Prof. Paulo Antunes, já aqui referenciada (Soli Deo Gloria), para a qual contribuiu com alguns acompanhamentos e interlúdios.
Destas experiências posso imaginar o que dele puderam beber as pessoas que tiveram a possibilidade de estudar em Regensburg, na Academia Superior de Música Sacra, como é o caso de António Esteireiro, organista dos Jerónimos.
Foi por seu intermédio que esta Master Class se concretizou, pensando que através dela poderíamos contribuir para o processo de aquisição de um órgão de tubos então em curso.
O órgão da Sé era e é ainda hoje o único grande órgão instalado em Lisboa no séc. XX e o que mais possibilidades oferece para a apresentação de um reportório europeu variado.
No recital, pudemos ouvir o Allegro da VI Sinfonia (op. 42) de Charles-Marie Widor, a Fantasia sobre o Coral „Straf’ mich nicht in deinem Zorn“ (op. 40, 2) de Max Reger, o Prelúdio e Fuga em Sol m op. 7, 3 de Marcel Dupré, excertos do ciclo L’Ascension de Olivier Messiaen e uma Improvisação sobre um tema dado.

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