O coro nada tinha a ver com a tropa mas por vezes parecia, com toda a sua disciplina. Para além dos estatutos da associação, havia um regulamento interno, que materializava um conjunto de regras já interiorizadas na prática corrente: avisar faltas com antecedência, justificar faltas, ser pontual, assíduo etc.
Não havia tréguas, de facto. Até nas vésperas de um esforço maior, como seria estar no dia seguinte no aeroporto às 6 da manhã, podia haver ensaio. Não tanto um ensaio coral, que se fazia, para uma ultima revisão nesta peça ou noutra, mas um ensaio de movimentos como treinar entradas e saídas, e sobretudo verificar todo o material.
Nas digressões, cada coralista tinha um 'kit coralista' com tudo o que tinha de levar consigo, na bagagem de mão e no porão. Por causa do extravio de bagagens, as roupas de concerto e as vestes litúrgicas iam na bagagem de mão, juntamente com as partituras (uma das raras excepções em que os coralistas levavam partituras para casa!) e também um conjunto de programas e cds para distribuição e venda nos locais dos concertos. Ninguém escapava...
Era também de véspera que se passava em revista os cadernos preparados pelo Miguel, com tanto esmero, com indicações úteis, pontos de encontro, hora para comparcer aqui ou ali, transfer, lista de reportório para cada evento, sem descurar informação básica sobre os locais das actuações e outros, de interesse turístico.
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