segunda-feira, 7 de junho de 2010

Preparativos

Uma boa parte do trabalho de um coro tem a ver com preparativos. A própria sequência de ensaios, sendo central na definição de uma identidade vocal, é uma preparação para as apresentações, concertos, missas, com durações substancialmente mais curtas que os preparativos. Assim acontecia com o coro de Belém, mas nos concertos de maior escala e sobretudo nas digressões, os preparativos assumiam uma dimensão preocupante para um grupo que era, a maior parte das vezes, promotor, organizador e executante.
As digressões foram poucas. Mas foram boas. Excelentes. Duas delas organizaram-se em torno dos feriados de Junho, o que significava que, à data de hoje, estava tudo mais que tratado, mas importava conferir mais uma vez e outra todos os detalhes. Nos meses anteriores havia variadíssimos contactos, com músicos, responsáveis pelos locais onde iriam decorrer as actuações, reserva e aquisição de viagens de avião, aluguer de autocarro para circuitos locais, reserva de alojamento, refeições… para não falar, de novo, nas muitas iniciativas de angariação de fundos, que faziam destas actividades momentos de grande entusiasmo e reforçavam o sentido de grupo.
Cada local tem as suas especificidades. Em Roma, por exemplo, contactaram-se as embaixadas de Portugal junto da Santa Sé e em Itália, o Colégio Português etc. Em Colónia, os contactos foram facilitados pelo Coro Figural, que tinha cantado nos Jerónimos uns anos antes. Mas nada se comparou aos preparativos da viagem a Inglaterra, pois foi preciso agendar a participação em celebrações com quase um ano de antecedência (pondo de lado locais onde só era possível cantar dali por 2 anos…) e ficámos verdadeiramente impressionados com os guiões que recebemos dos locais onde iríamos cantar. Tudo ao detalhe: a pessoa que nos receberia, o seu contacto, a porta por onde entrar, o sítio onde aguardar, os tempos de ensaio com e sem organista, ensaio com os celebrantes por causa dos diálogos e depois, a estrutura das celebrações com tudo pormenor. Por onde se entra, por onde se sai, quando se está de pé, sentado, as sequências e as minutagens. Nada que desgostasse o coro, habituado sempre a uma grande exigência no que respeita a assiduidade, pontualidade e cumprimento de regras. Encaixamo-nos sem grande dificuldade e as coisas fluíram com naturalidade.
Sobre as digressões propriamente ditas, escreveremos já esta semana e de novo no fim do mês e em Outubro.

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